terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cristão ortodoxo, o presidente da Rússia estaria sob influência de Satanás, diz alto clero da Ucrânia

Por meio de comunicado, clérigo ucraniano afirma que Vladimir Putin seria um "novo Caim"


Luciano Portela |  The Christian Post

 (Foto: Reuters) Vladimir Putin, presidente da Rússia.
Através de comunicado divulgado no dia (6/9), o patriarca ucraniano Filaret observou que o presidente russo Vladimir Putin caiu sob feitiço de Satanás, sendo o culpado pelos conflitos entre forças ucranianas e rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia.

Voz influente no alto clero da Ucrânia, Filaret comanda o Patriarcado de Kiev, ramo da Igreja Ortodoxa que rompeu com a Rússia em 1992, após a declaração de independência da Ucrânia.

Por seu desligamento com a Rússia, o clero ucraniano é rival do Patriarcado de Moscou, além de defender fortemente a nacionalidade de seu país e ir contra o separatismo.

Invocando Caim, filho primogênito de Adão e Eva conhecido por matar seu irmão, Abel, segundo o Velho Testamento, Filaret ressaltou que vê muitas semelhanças entre Putin e Caim.

"Assim como o primeiro fratricídio da história cometido por Caim, várias ações mostram que o governante mencionado (Putin) caiu sob ação de Satanás", disse o patriarca em seu comunicado.

O próprio comunicado do dia (6/9) foi intitulado de "Novo Caim", lançado no primeiro dia de cessar-fogo entre forças ucranianas e rebeldes separatistas, que já causaram cerca de 2.600 mortes através do combate.

Por sua vez, batizado como cristão ortodoxo, Putin forja laços estreitos com a Igreja Ortodoxa da Rússia, tendo a congregação como valioso aliado contra o que ele enxerga como mundo ocidental decadente.

E apesar das acusações de Filaret, Putin nega ter alimentado o conflito, o envio de tropas russas para a Ucrânia ou o armamento de separatistas.

No entanto, o patriarca ucraniano garante que o discurso do presidente russo é baseado em "mentiras cínicas" e pede que seus fiéis ortodoxos rezem para que Putin "caia em si", para que ele não enfrente "um fim desonroso e condenação eterna ao inferno".

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